quarta-feira, 13 de maio de 2009

XIIIIIII... DEU TILT! FALHA DE COMUNICAÇÃO!

Em meio aos inúmeros apelos à nossa atenção, como ouvir o noticiário enquanto enviamos um email, observando que sobre a mesa existe um memorando que não nos lembramos de ter lido, e tantas outras coisas nos roubando a concentração simultaneamente, o ato de dialogar, acaba se transformando, sem que se perceba, numa mera troca de monossílabos.

É interessante observar em hipermercados e shoppings, mulheres pedindo a opinião de seus companheiros sobre alguma coisa, recebendo como resposta um simples meneio de cabeça, acompanhado por um som que mais faz lembrar um grunhido. Pronto, essa é a receita:

Está estabelecida uma comunicação truncada, cheia de falhas e aparente desinteresse. Já se troca tranquilamente um bife a milanesa por um bife ali na mesa, fazendo o complexo de rejeição daquele que havia pedido um bife a milanesa, aflorar com vigor suficiente para que se sinta não merecedor nem mesmo de ter seu bife preparado como pediu, sente que foi simplesmente ignorado.


Por outro lado, àquele a quem foi pedido um bife ali na mesa, o prepara com esmero em tempo recorde, arruma a mesa com capricho ímpar, e ali, na mesa, serve o bife. Mas para sua surpresa, aquele que lhe havia pedido para servir o bife ali na mesa, simplesmente o revira no prato, come apenas uma isca dele, e se retira sem dizer palavra.

E enquanto se retira, ele pensa: "não sou nada mesmo, ninguém me ouve... custava ter feito o bife a milanesa? Mas melhor deixar de lado e ir deitar, discutir não vai resolver nada."

Na contramão, quem carinhosamente preparou bife, tira mesa tão bem colocada, e muito decepcionada pensa: "Faço tudo o que ele me pede só para passar raiva. Não precisava ter posto a mesa para servir o bendito bife que ele só revirou no prato e largou lá... podia muito bem ter comido no balcão... Mas deixa para lá, melhor fazer de conta que não houve nada, não tenho energia para mais encrencas..."


Galera, não é absurdamente fácil a falha de comunicação alterar todo um contexto,
e acabar até mesmo afastando pessoas que se amam,
sejam elas marido e mulher, mãe filho, irmãos, ou qualquer outro tipo de vínculo afetivo.



Oh gosh, por que não exercitar mais o diálogo?


Sim, no caso do bife, tudo poderia ter sido diferente:

"_Não deu para fazer meu bife a milanesa? Estamos sem ovos em casa?"



"_Ah meu Deus... Jura que você pediu a milanesa? Entendi que você queria que eu servisse seu bife ali na mesa, que não estivesse afim de comer no balcão! Quer que eu prepare outro, é rápido."



"_(rindo) Claro que não! Deixe para a próxima vez; seu bife acebolado tmbém é muito bom!"




People, não seria mais simples e saudável?


Seria...
se não estivessem todos tão neurotizados.


O que sugiro?


Música New Age , meditação, yoga, e oração, seja lá qual for o seu credo religioso.


Mas essas são ferramentas apenas para se conseguir energia e serenidade para começar a reaprender a arte de dialogar, e treinar.


Leia um livro de auto-ajuda, telefone para seus amigos, presenteie um amigo com o livro de auto-ajuda para poderem discutí-lo depois.


Procure se conscientizar de que o fato de as pessoas discordarem de você, não significa em absolto que você seja ignorante, ou mesmo pouco interessante.


Vocês simplesmente vêem um mesmo tópico, por ângulos e perspectivas diferentes.


Ao invés de se melindrar, explique qual o embasamento daquilo que você pensa, e procure saber qual o embasamento da visão que seu interlocutor tem do assunto.



Provavelmente ambos terão razões plausíveis que deverão ser respeitadas. Se for caso de achar que o outro tem razão, admita isso primeiro para você, e em seguida para seu amigo. Você o estará encorajando a fazer o mesmo quando achar que o seu ponto de vista é o mais correto. Estará combatendo a inflexibilidade.


Dialogar, não é impor o que achamos, nem tentar convencer a outra pessoa de que estamos com a razão.

Dialogar é expor suas ideias e opiniões, seus sentimentos; ouvir com atenção as do seu interlocutor, e buscar crescer com essa troca de experiências e diferentes formas de ver as coisas.

O verdadeiro diálogo é muito enriquecedor, CULTIVE-O!

Afinal de contas já existem muitas falhas em nossa sociedade, mas as de comunicação

nós podemos corrigir, e viver bem melhor!

Super abreijões da


Kika Krepski®.