quinta-feira, 25 de setembro de 2008

BOA VIAGEM E ATÉ UM DIA JOSI!



Oi pessoal... Não quero parecer mórbida ou qualquer outra coisa do gênero, mas também não tenho condições de ser efusiva como de costume; aliás, o mais provável é que eu alterne euforia e tristeza enquanto redijo esse, não quero chamar de texto, pois sendo para quem é, deveria ser um tributo... ...por puro merecimento dela; da Josi. Não há como falar da Josi sem grandes toques de alegria, de euforia; mas por outro lado, falar a respeito dela, sabendo que ela nos antecedeu, embarcou em uma estrela cadente antes de nós para a morada do Pai Eterno, para o Plano Espiritual, para outra dimensão (respeito todos os credos), provoca até mesmo um certo sentimento de traição: “Como ela pôde fazer isso conosco e nos deixar para trás?”.
Estão percebendo como vai ser difícil não alternar emoções?

Acho que a melhor maneira de começar é dizendo que considero interessante esse lance de espíritos, inconsciente coletivo, metafísica... Existem pessoas com as quais convivemos durante anos a fio, e nunca conseguimos desenvolver e sentir uma confiança autêntica, uma cumplicidade silente mas que sabemos estar ali presentes, e que podemos contar com elas...
Já outras pessoas, entram em nossa história de vida, mesmo que por muito pouco tempo, como se na verdade estivessem nos reencontrando, pois despertam a sensação de que nos conhecemos de longa data, mesmo sem nunca termos nos visto antes, e, quando partem, de uma forma ou de outra, nos levam a descobrir o quanto elas nos acrescentaram nos poucos contatos que tivemos, o quanto nos cativaram, quantas coisas nos ensinaram apenas com suas atitudes e sua postura diante da vida; o quanto se tornaram queridas por nós, e, o quanto nos fazem falta.






Bem quem teve a felicidade de conhece-la, sabe que estou falando da nossa querida e saudosa Josi, que não vivia ou agia de forma a ter sua presença notada, mas que agora sabemos, de forma a ter sua ausência profundamente sentida e lamentada!
Em apenas um ano e alguns meses de convivência profissional com ela, eu só sabia que gostava muito dela, simples assim, gratuitamente (era o que eu pensava a princípio), e que ela era muito legal. Eu, talvez por pintar telas, presto muita atenção nos traços e peculiaridades físicas das pessoas, e sempre achei a Josi uma morena tão bonita e exótica, que cada vez que eu a cumprimentava na escola, como muitos devem se lembrar, eu dizia: “Oi bonitona”...
Espero que ela sempre tenha levado a sério, porque eu não estava brincando, estava falando muito sério...




Enfim, e por fim, vim a saber que ela havia feito a passagem. Soube por amiga em comum do Orkut, e apesar de não ter sido em absoluto uma boa notícia, já quero deixar registrado o meu agradecimento à pessoa que teve a consideração de me comunicar o ocorrido. Aliás, considero a pessoa que me comunicou o fato, alguém de uma sensibilidade ímpar, pois foi capaz de sentir, o quanto e quão sinceramente eu gostava e gosto daquela mulher bem-humorada lá da secretaria da escola, que topava tudo, colaborava com todas e quaisquer atividades, campanhas e participava ativamente de todas as festividades...





Por essa razão, via net, recebi a muito, muito infeliz notícia.


E bem ali, em frente ao monitor, lendo e relendo o comunicado dessa pessoa amiga, fiquei paralisada enquanto, algumas lágrimas discretas, escapavam de meus olhos e desciam pelas minhas faces, lentamente, como se também estivessem tentando digerir aquela história simplesmente inacreditável.


Foi então que, com a visão turva pelas lágrimas, comecei a ver diante de mim, com os olhos do coração e da alma, aquele sorriso lindo que iluminava tudo quando chegava; também ouvi sua voz grave e amiga me dizendo palavras de conforto em algumas situações muito difíceis pelas quais passei e que ela acompanhou, e me apoiou.

Mas com grande esforço, saí daquele estado de torpor e incredulidade, afinal, se existia um defeito que a Josi não tinha, era o egoísmo, e, querer ter uma criatura iluminada como ela só para nós aqui na terra, seria muito egoísmo... E assim, ficou mais leve esse jugo: acreditar que ela foi “emprestada” para um outro lugar, em que sua alegria, bom coração e beleza, fossem mais valorizados e necessários do que aqui entre nós, e que iriam fazer tão bem a outras criaturas necesitadas, quanto sempre fizeram por nós!


Pois é Josi, foi assim, sendo você mesma, sem máscaras ou adulações, que você conquistou de fato e por mérito um lugar muito especial no coração de todos que tiveram o privilégio e a felicidade de conhece-la. Como eu já disse, a Terra perdeu uma grande mulher e um ser humano fantástico, mas o Céu ganhou um Anjo lindo que nem mesmo precisa de auréola, pois o seu sorriso já é luz.



Josi, saiba que, onde quer que você esteja, ninguém que a conheceu jamais deixará de lembrar de você, e nem tampouco seu nome será por nós esquecido, pelo simples fato, de que você, com simplicidade e sem alarde, realmente fez a diferença.






“Bonitona”, vá com Deus, não fique presa aqui não, você está muito evoluída para trabalhar nesse plano, nessa esfera. O Pai Celestial tem projetos muito maiores para seres iluminados como você.




Então, siga em paz o seu caminho, porque de nós, você só vai estar longe dos olhos, mas sempre, eternamente, dentro de nossos corações!



Beijos de muita luz de todos que a conheceram e por isso a amam!!!


segunda-feira, 8 de setembro de 2008

ENTRE- SAFRA DE MEIA-ESTAÇÃO

Atmosfera de transição, entrando pelas portas de setembro, ansiedade pelas chuvas primaveris, veranicos fazendo os corpos suarem... Atmosfera de mudança de estação dear, uh-lah-lah!


E já dá para sentir o gostinho de exuberância e alegria do início da Primavera-Verão 2008/2009, mesmo porque ainda estamos curtindo a ressaca de uma verdadeira maratona fashion no circuito Rio/São Paulo, recheada de desfiles com looks incríveis, e presenças marcantes como a do fantástico estilista Kenzo Takada, que amo de paixão.

Entre-safra de meia-estação.


Depois de tanta coisa, é preciso fazer um balanço, para checar o saldo do que poderá ser bem utilizado por nós, reles mortais (adoro um drama).



People, no momento, cultura é super fashion! Basta observar como o jeito Simone de Beauvoir e Agatha Christie de ser, estão invadindo o mundo da moda, que está fechando em alta para os seguintes investimentos: jabôs de collete, terninhos, fraques, saias de tweed (acima dos joelhos, ok?), boinas, e tailleurs Chanel absolutamente clássicos. Os pretinhos espirituosos também continuam com a cotação em alta, sozinhos ou com misturas descontraídas, valendo até mesmo, os até então saudosos, pulôveres acrílicos.

Para que seu antenadíssimo guarda-roupa não fique démodé, invista também em acessórios, no melhor estilo literário: echarpes drapeadas inspiradas no estilo Maguerite Yourcenar, e chapeuzinho tipo Amelie Notomb.

Se você curte listras, opte pelo estilo londrino “club”, e se preferir os xadrezes, o must do momento é o estilo escocês, entrelaçando tons de azul e madeira escura que se sobrepõem nas vitrines mais badaladas.

As armações de óculos também acompanham o estilo escritor, fazendo até um recall de Clark Kent trabalhando na redação do Planeta Diário. O visual andrógino é dominante.


A paleta de cinzas predomina, tanto nos tweeds literários, quanto na inocência estudantil, formada por saias pregueadas e de cintura marcada, usadas com blazers estilo colegial, que permitem entrever os coletes de Dândis, usados com calças amplas e de cintura alta e marcada, que ainda trazem generosas pregas.


Nos looks mais femininos, adote os eternos scarpins-curingas de salto 5 ou 7; e nos andróginos, as estrelas são as ankle-boots, com saltos muito altos, muito finos e muito femininos para criar o contra-senso.



Mas Barbara Cartland, em seus vestidos leves em tons de rosa, nada eruditos, também faz parte desse time, trazendo sua feminilidade e leveza, em uma cartela de tons pastel, ou ainda em uma releitura das estampas florais clássicas.


Pois é, se você não gosta de ler e/ou escrever, vai agora AMAR homenagear a categoria...

Welcome to the club, dear!

Abreijões da

Kika Krepski®