domingo, 29 de agosto de 2010

“ESTOY ENAMORADO Y ESE AMOR ME HACE GRANDE”





Ah, como é bom estarmos apaixonados... uh lah lah...
Mas não estou falando de paixão por alguém do sexo oposto, de paixão por outra pessoa. É claro que quando estamos amando alguém, e principalmente quando estamos sendo correspondidos, tudo tem um colorido, um cheiro, um sabor, um som, muito mais gostoso. Isso é fato.


Mas em primeiro lugar, temos que nos apaixonar por nós mesmos e pela vida.
“_ Elementar meu caro Watson!”, afinal, se não nos apaixonarmos por nós mesmos e pela vida, não seremos capazes de nos apaixonar por quem quer que seja, pois só podemos oferecer aquilo que possuímos, e se não possuímos esse “auto-encanto”, essa “auto-paixão”, o que poderemos oferecer para outra pessoa?

Mas, infelizmente, quando falamos em amor próprio e em auto-estima, a grande maioria das pessoas sai torcendo o nariz e pensando em charlatanismo. Tudo bem, eu concordo que no que concerne ao referido assunto, existe muito comércio, muita literatura sem qualquer qualidade, e, por que não dizer, muita fraude mesmo.


Mas isso ocorre em todos os setores sociais e profissionais. É o que diz o provérbio popular: ”Em todos os lugares existem pessoas boas e pessoas ruins”, e, “Vox Populi, Vox Dei”.

Por exemplo, tenho uma amiga, que tem um verdadeiro imã para atrair psicólogas carentes. That’s true, believe me! Já correu de duas terapias, em que as terapeutas a faziam de confidente (infelizmente estou falando sério), comentando sobre suas vidas pessoais e amorosas, e quando ela deixava de comparecer à qualquer sessão, ficavam em polvorosa atrás da pobre, telefonavam insistentemente para o celular dela...
Eu até me questiono se nenhuma das duas se tocava que devia dar sossego, porque ambas eram na verdade, não um caso de troca de terapeuta pura e simplesmente, mas de denúncia ao CRP (Conselho Regional de Psicologia), por total falta de ética profissional.


Em compensação, também conheço terapeutas extremamente confiáveis, éticos, e competentes.
E assim é também no que diz respeito a médicos, advogados, engenheiros, ("marido" está virando profissão, não está?), enfim, com tudo no mundo. Há ervas medicinais e ervas venenosas, e existem venenos que são medicinais.

O mesmo ocorre com a auto-estima. Antes de considerar o assunto “papo de charlatão”, pondere com seriedade sobre a importância de se amar de verdade. É de muita valia ter em mente, que as pessoas que se amam, não são necessariamente, aquelas que parecem só receber boas notícias ao longo de cada dia, ou aquelas que negligenciam tudo e todos a sua volta, para poder ficar admirando o próprio umbigo; nem tampouco aquelas que vivem de fazer filantropia com um débil sorriso amarelo no rosto (em minha opinião, isso não passa de uma pobre tentativa hipócrita de se auto-promover, pois a verdadeiro filantropia é feita sem alarde).
As pessoas que verdadeiramente se apaixonam por si mesmas têm problema e conflitos sim, têm dias ruins, são normais. O que as diferencia, é que elas não se deixam mutilar emocionalmente por outras pessoas ou por problemas; elas descobrem e demarcam seus limites, não praticando e não admitindo qualquer tipo de abuso por parte de quem quer que seja; têm fé, mas não deixam tudo por conta do Alto Dos Céus: Elas fazem suas partes. São pessoas que não precisam ficar se justificando, simplesmente porque elas não se boicotam, não se punem pelas coisas que não deram certo e sim aprendem com elas, pois baseiam a vida na temperança, no equilíbrio.

São pessoas que se permitem pequenos e grandes prazeres, que até fazem apologia ao hedonismo, desde que esse não tumultue suas vidas. Sim, SUAS vidas, pois aqueles que se amam, também sabem que só podem levar paz aos que os rodeiam se estiverem em paz. Por isso se colocam sempre em primeiro lugar não por egoísmo, mas para preservar sua fonte de partilha. São pessoas que sabem reconhecer, diferenciar e conjugar a sensualidade na pele, com a pureza no coração.

Enfim, primam pelo equilíbrio e pelo discernimento.
Quer saber como levantar sua auto-estima?
Comece exercitando sua capacidade de ouvir sua intuição. Ouvir e respeitar, porque lá no fundo, bem lá no fundo, nós sempre sabemos se algo nos vai ser bom ou ruim; nós sempre sabemos. Mas se não nos apaixonarmos por nós mesmos, vamos sempre correr o risco de permitir que nossa carência faça as escolhas por nós; e ela sempre faz as piores escolhas.

Portanto, não adie seu prazer, tome um banho perfumado e demorado, vista roupas que você gosta muito, e se olhe no espelho. Olhe bem no fundo de seus olhos. Veja, enxergue, a grande quantidade de virtudes que você escondia de você mesmo lá dentro e comece a identificar uma a uma. E celebre essas virtudes, celebre o fato de você estar na melhor companhia que existe na face da terra para você: você!

Então não deixe para amanhã, não espere, não perca tempo, comece esse romance consigo próprio ainda hoje e descubra o quanto estar apaixonado por você mesmo o engrandece, para poder sair entoando a velha canção:
“Estoy enamorado, y ese amor me hace grande...”

Abreijões carinhosos da

Kika Krepski®

terça-feira, 17 de agosto de 2010

SEREMOS NÓS MULHERES TODAS IGUAIS?




Geralmente as mulheres hostilizam as exs de seus partners, independentemente da sequência em que ficaram com ele. Errinho crasso esse com o qual só se perde…

That’s it dear… Geralmente as mulheres não podem nem ouvir falar o nome da ex de seu companheiro. Quem nunca passou por isso que dê a primeira bolsada… Eu passei.

Tive um namorado cheio de manias, não-me-toques e não-me-reles… Mas na época ele parecia o homem perfeito: Culto, educado, falava demais em seu quadro de valores, demonstrava querer progredir muito… ...enfim, era folhetinesco o cidadão! Tão folhetinesco, que não me causava estranheza os refluxos gástricos que o acometiam após cada refeição, nem a mania de ficar assobiando uma canção enquanto me olhava de soslaio… Muito menos suas ideias de empreendedorismo geniais que nunca resultavam em alguma coisa. E nada significava um homem ter passado dos 50 anos, sem profissão, emprego, dinheiro ou residência própria… Afinal ele tinha grandes projetos! Muitos projetos! E mais projetos…

Todavia, EU era a felizarda de ter um namorado que me escrevia poesias tão belas, me tratava por nomes meigos e carinhosos, dentre eles “bonequinha”… Elegeu uma música maravilhosa como nossa canção, e me presenteava de forma original e de muito bom gosto: Arranjos de rosas colombianas, perfumes elaborados com raízes nativas dos reconditos desse Brasilzão…

Mas, como não há mal que não se acabe e nem bem que sempre dure, um dia ele disse que não gostava mais de mim como namorada e o castelo ruiu… Nossa, que tristeza, parecia o fim de tudo!

Para minha surpresa, aquele homem que tanto me amou, logo surgiu com outra, e fez questão de tornar o fato público, enquanto fomentava uma discórdia silente entre a moça que eu eu nem conhecia e eu. O Resultado foi de que não podíamos nos ver nem via internet, de tanta bronca que sentíamos uma da outra…

Mais alguns anos se passaram, e percebi que a moça já estava também com outro namorado e a procurei. Aproveitei o fato de ela ter criado o site www.fofastudodebom.com, para parabenizá-la pela iniciativa.

Qual não foi minha surpresa descobrir que se tratava de uma pessoa fantástica, super legal, e que hoje é miguíssima minha…

Rimos muito ao descobrirmos que nossa música era a mesma, os presentes foram os mesmos, os apelidinhos também os mesmo (não é bonequinha? kkkkkkk), o tempo de namoro foi o mesmo, os projetos eram os mesmos,e até a desculpa para terminar com ela foi a mesma que usou comigo, também reaparecendo já morando com outra… (outra bonequinha certamente, kkkkkkkk)…

Hoje nos resta uma dúvida, já que nunca havíamos sido amigas íntimas da ex de um ex (ex comunitário, rsrsrs): Os homens são todos assim mesmo, sem sensibilidade nem criatividade, ou namoramos um psicopata que escreveu um roteiro e criou uma personagem que segue fielmente com quer que cruze seu caminho?

Seja qual for a resposta, quem lucrou fomos nós, pois hoje desfrutamos de uma amizade invejável e construtiva, além de rirmos muito dessas picuinhas pelas quais tantas mulheres choram!









Abreijões da

Kika Krepski®.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

FELICIDADE É COISA MUITO SÉRIA!

É assombroso o índice de crescimento diário, do numero de pessoas que buscam ajuda profissional, tanto de psiquiatras que podem prescrever medicamentos, quanto de psicólogos, para acompanhamento via terapia, e ainda de terapias alternativas como acupuntura, florais, cromoterapia e outras dezenas que existem.
E qual é o mal que vem deflagrando esse comportamento?


É a perda da felicidade. Sim, é a perda da felicidade e do prazer de viver que vem acometendo as pessoas de forma devastadora. A vontade de não fazer nada, de ficar longe das outras pessoas e do mundo real. É a perda da vaidade e da auto-estima. É a tal da DEPRESSÃO.

Pois é, sorrateira, e de forma ininterrupta, ela vai tomando conta de nós e de nossas vidas, nos fazendo sentir um cansaço físico e uma exaustão emocional tão intensos, que não temos nem vontade, nem motivação e nem forças para fazer coisa alguma. Nem mesmo para atender um telefone.

Estamos cansados de ouvir os especialistas dizerem que a depressão e a perda da identidade, bem como a síndrome do pânico, são os males do século XXI.
Aliás, o número de doenças de fundo emocional, que vem atingindo inclusive crianças, é assustador: Hoje se considera comum uma criança da pré-escola sofrer de gastrite nervosa.
Soa absurdo, mas não é.
Os fatores que levam a esses problemas são inúmeros.


O contato entre as pessoas ficou restrito a um simples cumprimento de chegada e/ou de saída, nem se pede mais licença para passar por alguém, vez que o referido pedido foi substituído por um meneio de cabeça.

A vida social passou a se restringir aos sites de relacionamento, messenger, skype e salas de bate-papo, e o esporte mais praticado é o vídeo game.

Dessa forma, de ser social, a espécie humana está sofrendo uma mutação que parece conduzir à característica de ser anti-social. A capacidade de se relacionar com outros de sua espécie, no homem, está sendo atrofiada, e quando ele se encontra em um ambiente onde existem outros, a relação que se estabelece, geralmente é de competitividade.
As pessoas têm buscado motivação em mostrar umas às outras, que são mais eficientes, mais capazes, e que por isso podem ter o melhor carro, a melhor casa, os gadjets mais novos e sofisticados do mercado, as melhores roupas e de grifes mais caras.

As crianças e adolescentes por sua vez, para conquistar e manter a atenção e o respeito de seus pais, que estão sempre ocupados trabalhando para “ter mais daquilo que os faz ser mais” (em suas cabeças, claro), se vêem obrigadas, a obter os melhores resultados em suas escolas, escolas que extraem toda a energia de seus alunos e lhes rouba impiedosamente a infância e a juventude, os assoberbando de trabalhos e atividades. Afinal essas escolas precisam manter o padrão de escolas que mais aprovam alunos em vestibulares, sem a necessidade de cursinhos pré-vestibulares. Ou seja, os alunos são cobrados de forma excessiva pelos professores, que são cobrados de forma excessiva pelo departamento pedagógico, que é cobrado pelo departamento administrativo, and so on.


Por fim, todos acabam cobrando demais de si mesmos, e sempre tendo dentro de si, um incômodo sentimento de inadequação, incapacidade e culpa... E nos deparamos com pais que também se preocupam, se culpam e se cobram, por terem filhos geniais, obesos, sedentários e introspectivos. Cobram-se e se culpam por ver seus filhos transformados em miniaturas de adultos diante de um computador, e não as crianças e adolescentes barulhentos, brincalhões e risonhos que eles próprios um dia foram.

Pois é galera, toda essa cobrança em cadeia, gerando mais auto-cobrança e culpa, fazem com que a auto-estima de cada um, seja massacrada, juntamente com a autoconfiança.

People, é claro que eu também tenho minhas wish lists e meus must have, mas procuro manter sempre em mente que o refrão da canção Don’t worry, be happy, me é muito mais saudável.

Ok, eu concordo que é uma delícia poder envergar roupas e acessórios sofisticados e de grife, desfilando num belíssimo e novíssimo carro que seja o sonho de consumo da maioria dos reles mortais, bem como poder me gabar que na escola em que meus filhos e/ou sobrinhos estudam, eles já aprendem até o Mandarin, além da natação, teatro, canto, etc, etc, etc...


Muito legal tudo isso, mas...

A QUE PREÇO?

A QUE CUSTO?


Vale mesmo a pena aquilo que nos custa nossa própria felicidade? Ou melhor, ela tem preço?
Afinal felicidade é coisa muito séria, pois sem ela, mesmo que possamos encher os olhos dos outros com nossas conquistas, estaremos vazios por dentro, sem viço, e sem prazer algum com nossas vitórias.
Por isso quero encerrar com uma pergunta que só você poderá responder, e responder para sua própria consciência e coração:

Não seria prudente dar uma puxadinha em seu freio de mão, reduzir um pouco o ritmo, e curtir mais a vida que é tão curta???



Superhipermega abreijões da


Kika Krepski ®